Depois de tudo a postos, o Nuno pegou na burra, atrelou-a à carroça e partiu em direcção ao Carvalhal. Os carros com os restantes foliões e os bombos saíram logo a seguir.
Chegados ao Carvalhal, o Nuno pega num dos bombos para se juntar ao grupo dos Coiros de Cabra, do qual faz parte, e foi Zé Valente que tomou a liderança, guiando o burro. Também na carroça, seguia o Rafael com os cornos da cabra e um outro rapaz que segurava o garrafão, para desta forma irem matando a sede de quem queria. E assim, cantando e batendo o pé para aquecer, seguiu-se em procissão pelas ruas desta pequena anexa, sempre com a animação proporcionada pelo rufar dos bombos e com a alegria dos que estavam presentes. Cada casa com adega era motivo para parar, brincar e beber.
Enquanto uns comiam os petiscos que as pessoas da aldeia ofereciam, outros preocupavam se em alimentar a burra, elemento importante nesta pequena comemoração.
Devido ao frio, na tentativa de aquecer as mãos, ainda se pôs umas giestas a arder no forno, mas, no entanto ninguém aguentou muito tempo lá dentro, pois queria-mos era cantar e dançar.
Já a tarde ia longa, quando o Rafael disse: “Vamos embora, não podemos ir de noite, a burra não tem faróis”e, posto isto, uns de burra, outros de carro, regressámos a Badamalos e a festa continuou. Uns pintados, outros por pintar, a visita carnavalesca ao domicílio continuou até á hora do jantar.